Mário Jardel ou simplesmente «Super Mário» para os adeptos do Sporting. O brasileiro representou o emblema leonino entre 2001 e 2003, depois de ter estado ao serviço do FC Porto entre 1996 e 2000. Com um «faro» natural para os golos, não deixou os seus créditos por mãos alheias e logo na primeira temporada em Alvalade ajudou a equipa a conquistar aquele, que foi até hoje o último campeonato, apontando 42 golos em 30 partidas.

Exímio no jogo de cabeça, Jardel estava no entanto longe de ser «tosco» com os pés, tendo aliás marcado vários e grandes golos, fosse com o esquerdo ou o direito. Os 42 golos marcados na época de 2001-2002 valeram-lhe a Bota de Ouro e curiosamente, o melhor registo na liga portuguesa ao serviço do Sporting numa só temporada, nos dragões nunca conseguiu chegar aos 40 golos apenas em encontros do campeonato. Essa marca também lhe permitiu tornar-se no segundo melhor marcador de sempre dos leões, ficando apenas atrás do argentino Hector Yazalde, que no ano de 1974, marcou 46 golos no campeonato.

Ao todo realizou 62 desafios com a verde e branca vestida e marcou 67 golos. Conquistou um campeonato, uma Supertaça e uma Taça de Portugal onde foi decisivo ao marcar o golo solitário com que os leões derrotaram o Leixões, na final do Jamor em 2001. Este foi de resto o último ano de glória de Mário Jardel, já que na segunda temporada começaram os problemas fora dos relvados, que todos conhecemos.

O brasileiro tem o seu lugar na história do futebol português como um dos avançados de maior categoria, a pisar os relvados nacionais. Teve até direito a ver o seu nome colocado na letra de uma música de Rui Veloso, onde se diz «tu querias perceber os pássaros, voar como o Jardel sobre os centrais». Pena que no entanto seja recordado, mais pelos factos e acontecimentos da sua privada e que acabaram por levar ao fim de uma carreira brilhante, recheada de títulos e golos. No total Mário Jardel fez 561 jogos e marcou 423 golos.