O mundo sabe que quem não marca sofre, e o Sporting sentiu o amargo sabor da ineficácia. Na ronda 8 da Liga NOS o Sporting recebeu o Tondela de Petit e o empate foi novamente o destino. O festival de golos falhados dos felinos e o jogo defensivo do Tondela resultaram num 0-0 até ao minuto 74, minuto em que Murillo gelou Alvalade, inaugurando o score. Os forasteiros chegaram injustamente à vantagem e o Sporting não mais se organizou, tendo chegado ao empate ao minuto 96 de forma desesperada por Joel Campbell.

Primeira parte: luta, poste e empate

O Estádio do leão voltou a registar nova enchente para o duelo Sporting x Tondela, referente à oitava jornada da Liga NOS. Depois da ressaca europeia, Jorge Jesus apostou apenas numa alteração no 11 inicial. Foco para a inclusão de André em detrimento de Markovic. Os felinos tiveram pela frente uma equipa organizada e Jesus procurava em Alvalade contrariar a estrelinha de Petit. O Sporting assumiu o controlo do jogo desde o apito inicial, mas o Tondela adoptou um bloco médio-baixo muito compacto à imagem do seu treinador.

Aos 3 minutos, Dost serviu Gelson e o extremo aplicou um dote de magia, ganhando espaço na área e rematando depois com um estrondo no poste. O Tondela apostou em contra-ataques venenosos, mas o quarteto defensivo leonino impediu males maiores. Na marcação de um canto o Tondela subiu massivamente à área, mas Patrício simplificou o que poderia ser um lance de perigo. Ao minuto 20, Schelotto encontrou a cabeça de Dost, mas a pontaria não foi a melhor. Na sequência de um canto, Bryan Ruiz testou Claúdio Ramos e o guardião do Tondela negou o tento ao atacante leonino.

O inevitável Gelson foi o melhor em campo na primeira parte e André foi uma verdadeira nulidade no apoio a Bas Dost. O Tondela apresentou uma táctica consistente e Káká foi o simbolo da arte de bem defender. O 0-0 ao intervalo foi um pouco injusto, mas a postura da equipa de Petit merece todo mérito.

Segunda parte: maldições e anti-jogo

No intervalo da partida o Sporting apresentou Nélson Évora para a equipa de Atletismo e Jorge Jesus lançou Bruno César para o lugar de Elias. Nos minutos iniciais, os leões beneficiaram de um livre directo e Bruno César cobrou bem, levando o Tondela a ceder canto. O Sporting entrou disposto a marcar cedo, aumentando a intensidade de jogo e obrigando o Tondela a descer ainda mais as linhas. A entrada de Bruno no miolo resultou na plenitude e o Sporting melhorou drasticamente a condução de bola.

A meia hora do fim, Jesus apostou em Castaignos para o lugar de André, uma aposta firme num jogador forte fisicamente na busca pelo golo. A verdade é que foi o Tondela, contra a corrente de jogo, a chegar ao golo ao minuto 74. Num contra ataque, Murillo fugiu à defesa leonina e inaugurou o marcador, gelando Alvalade por completo. A partir daqui o Tondela limitou-se a queimar tempo e o Sporting pouco ou nada fez para contrariar. O tempo útil de jogo corrido foi escasso e o melhor que os leões fizeram foi igualar o duelo a uma bola ao minuto 96 por intermédio de Campbell, servido por Gelson.

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